O que é insônia?
Vamos começar pelo começo: a insônia é um quadro em que a pessoa possui dificuldade para começar a dormir ou então de ter uma noite de sono sem interrupções.
Em geral, a insônia é dividida em dois “tipos”:
Quais os tipos?
- Insônia aguda: quando acontece a curto prazo, em menos de três meses, e está associada a algum evento de estresse. Geralmente, o quadro melhora quando essa situação é resolvida.
- Insônia crônica: quando a insônia chega a esse estágio, é hora de procurar um tratamento!
Essa é considerada a classificação mais tradicional, mas há estudos que tentam traçar novas formas de explicar a insônia. Um deles chegou a cinco tipos diferentes de insônia, dessa vez considerando o perfil emocional das pessoas, a atividade cerebral e resposta ao tratamento:
Tipo 1 – muito estressado
Tipo 2 – estressado, mas com boa resposta ao tratamento
Tipo 3 – estressado e com resposta ruim ao tratamento
Tipo 4 – pouco estressado com boa resposta ao tratamento
Tipo 5 – pouco estressado e com resposta ruim ao tratamento
Com essa nova classificação, os pesquisadores acreditam que novas portas se abrirão para tratamentos ainda mais personalizados, de acordo com o perfil de cada paciente.
Causas da insônia
A insônia é uma condição interessante: ao mesmo tempo que pode ser a doença em si, ela pode ser indicativo de outras condições que podem estar atingindo o organismo – e o pior: ela também pode contribuir com o desenvolvimento de outras condições.
Bom, como comentamos, a insônia aguda geralmente é causada por alguma situação estressante para a pessoa. Quando essa situação evolui e passa a se tornar constante, podemos chamar de insônia crônica.
Além disso, a insônia crônica também pode ser um reflexo de doenças como a apneia do sono – em que a respiração é interrompida várias vezes durante a noite, causando o famoso “ronco” – e a síndrome da perna inquieta.
Grupos de risco para insônia:
Sabia que existem pessoas mais propensas a ter insônia? É, um estudo indicou alguns grupos de risco para insônia, basicamente, são esses:
- Pessoas com depressão e ansiedade
- Pessoas que fazem uso excessivo de álcool e substâncias ilícitas
- Mulheres em menopausa
- Pessoas que já sofreram traumatismo craniano
- Veteranos de guerra
Outro estudo se concentrou em descrever qual a relação entre a insônia e a idade, já que pessoas mais velhas tendem a ter mais dificuldade para dormir bem. Os resultados mostraram que idosos são mais propensos a desenvolverem insônia e a sofrerem com as consequências clínicas e psiquiátricas.
Tratamentos para insônia
Se apenas as mudanças na rotina não são suficientes para melhorar a qualidade do sono, há também tratamentos que podem ajudar com isso!
Medicamentos para insônia
A Melatonina é um deles! Ela dá nome a um hormônio que é produzido naturalmente pelo corpo a partir da mudança de luminosidade que acontece com a chegada da noite – indicando para o corpo que é hora de relaxar.
Com o avanço da ciência, foram surgindo medicamentos feitos à base da substância, o que ajuda o corpo a ter um sono de qualidade com maior naturalidade.
Mudanças no estilo de vida
Fazer mudanças no estilo de vida pode ser uma abordagem eficaz para melhorar a qualidade do sono. Isso inclui estabelecer uma rotina de sono consistente, criar um ambiente propício ao sono no quarto (como manter um ambiente escuro, silencioso e confortável), evitar o consumo de cafeína e álcool antes de dormir, limitar a exposição a telas eletrônicas antes de dormir, praticar atividade física regularmente (mas evitá-la próximo à hora de dormir) e gerenciar o estresse por meio de técnicas de relaxamento.
Mitos e verdades sobre a insônia
Quer saber mais? Preparamos um conteúdo completo sobre mitos e verdade sobre a insônia!
Embora garantimos que tudo o que você lê no Manual de Saúde seja revisado e aprovado por um médico, as informações apresentadas aqui não têm a intenção de substituir o aconselhamento, diagnóstico ou tratamento médico profissional. Nunca deve substituir um aconselhamento médico específico. Se você tiver alguma dúvida ou preocupação, fale com seu médico.
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